Em 1967, durante a montagem de seu filme Ici et ailleurs, Jean-Luc Godard hesitava em inserir o plano de uma entrevista com um palestino de cuja morte acabara de saber. Ele questionava se seria pertinente e qual seria o sentido de exibir a imagem viva de um morto. Essa questão, que vem sendo respondida há séculos, parece não ser outra senão a pergunta sobre o caráter e o sentido das imagens e da arte em geral.
Pas une image juste, juste une image, respondeu então Godard. A ideia de que uma imagem possa ser justa, possa ser verdadeira em sua imparcialidade e precisão, está em crise há décadas. Uma imagem, afirmou Godard, é apenas uma imagem, não é um espelho; ela vale pelo que expressa, não pelo que representa e, diante das imagens, a nossa aspiração deveria ser olhá-las, estudá-las, relacioná-las com as outras e entender assim por que elas causam emoção.
A imagem justa é um projeto cultural da Red Alas que acolhe essa noção e convida a explorar, dissecar e relacionar as diversas expressões da desigualdade de gênero na arte pluriversal a fim de enriquecer e aprimorar o pensamento, o ensino e a ação feministas na América Latina.
A plataforma apresenta uma série de produtos e eventos. Um catálogo que reúne um acervo abrangente de obras visuais, audiovisuais e literárias, e uma série de oficinas e ensaios escritos, audiovisuais e sonoros que propõem itinerários para explorar e relacionar as obras do catálogo e entabulam um diálogo interdisciplinar.
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