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  • Desert Hearts, 1985

    Donna Deitch

    Estados Unidos

    Por que a escolha?

    Vivian Bell é uma renomada acadêmica e professora de literatura na Universidade de Columbia, em Nova York. Estamos em 1959 e ela acaba de se separar do marido. Tensa, com ombros curvados e roupas excessivamente formais, ela destoa da aparência descontraída de Reno, Nevada, onde chega para obter um divórcio rápido. Ela fica em um rancho para mulheres que aguardam a finalização do processo de divórcio. Perto mora Cay Rivers, temerária, sensual, imprudente, uma lésbica extrovertida. O vínculo entre essas mulheres é o enredo de Desert Hearts. História de autoconhecimento, libertação, sensualidade e desejo entre mulheres, Desert Hearts caminha com altura e graça na linha que separa o público convencional do público especializado e evita transformar o filme em um culto lésbico. Isso permite ampliar o espectro de seus receptores, eliminando generalizações e estereótipos. As cenas de carinho quebram o tabu do contato físico entre mulheres e as de erotismo e sensualidade acontecem em plena luz do dia, sem dissimulação ou vergonha.

    Tanto o filme quanto o romance de Jane Rule (Desert of the Heart) em que se baseia exigiram um esforço tremendo por parte de seus criadores para virem à tona. O romance, por abordar temas então considerados tabus na sociedade americana de 1957, e o filme por ser um dos primeiros a abordar o lesbianismo sob uma perspectiva isenta de patologia e estigmatização. Além das conquistas cinematográfica e literária, o valor deste filme é ter superado as rígidas restrições de uma indústria que deixava pouco espaço para as mulheres e para essas questões.

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