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  • 120 battements par minute, 2017

    Robin Campillo

    França

    Por que a escolha?

    Ao chegar a década de 1990, a Aids já vinha ceifando inúmeras vidas havia quase dez anos. Os ativistas de Act Up-Paris, organização criada no fim da década de 1980 nos Estados Unidos, multiplicam suas ações para lutar contra a indiferença generalizada e a estigmatização social daqueles que sofrem dessa doença, realizando fortes intervenções, performances e manifestações.

    120 batimentos por minuto está alinhado com vários filmes anteriores que abordaram a crise do HIV-Aids sob diversos pontos de vista. Mas sua singularidade reside na reflexão crítica e na perspectiva política que oferece sobre os vários agentes envolvidos na epidemia: políticos, cientistas, veículos de comunicação e, especialmente, a indústria farmacêutica, estão muito longe de serem neutros; e no que se refere ao ativismo, o filme não omite as tensões entre a ala lobista e sua contraparte mais radical.

    É nesse quadro que as vidas de Sean, um militante radical, e Nathan, um novo membro do grupo, se cruzam. Do contextual ao individual, do público ao íntimo, aqui os corpos são protagonistas absolutos na oscilação constante entre o prazer e a dor, a vitalidade e a morte. O filme mostra como a epidemia de Aids invade a vida cotidiana dessa juventude, em sua maioria homossexual, atravessando as emocionalidades que nela se alojam, seus laços e afetos. A luta diária desses jovens inclui virar enfermeiros de seus próprios companheiros, especializar-se no que existe de mais atualizado em virologia, divulgar suas ideias e virar militantes profissionais.

    Com composições visuais de grande beleza e a trilha sonora eletrônica de Arnaud Rebotini, o diretor Robin Campillo cria uma poética audiovisual à altura da que caracteriza e distingue as intervenções públicas do colectivo Act Up.

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