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  • Las herederas, 2018

    Marcelo Martinessi

    Paraguai

    Por que a escolha?

    As herdeiras é uma ode à sutileza, aos silêncios e aos olhares. É uma história de prisões, preconceitos e libertação. Contado com cuidadoso distanciamento, aborda temas que não costumam ter lugar na limitada história do cinema paraguaio: mulheres idosas, conflitos de classe e lesbianismo. As herdeiras mostra o que não é dito, baseia sua narrativa no que permanece velado e a história vem à tona por meio do que é inferido.

    Este primeiro longa-metragem de Marcelo Martinessi (1973) conta a realidade de um país assolado pela repressão herdada da ditadura militar de Stroessner que, embora tenha acabado em 1989, ainda tem efeitos palpáveis. Chela e Chiquita são um casal de mulheres da estagnada e antiga aristocracia paraguaia. Elas estão passando por uma grave crise econômica e emocional que as leva a vender seus bens. As duas herdaram prataria, quadros, móveis, mas também preconceitos, conservadorismo e rigidez. A relação delas é marcada pelo desgaste, pelo cansaço e pela inércia. Chela tem uma depressão profunda e Chiquita é o motor da casa, mas quando ela é presa por fraude, Chela assume o comando da casa e de sua vida pela primeira vez. E começa lentamente a se abrir novamente para o mundo.

    As herdeiras é um filme profundo, com muitas camadas. Com uma linguagem intimista e respeitosa, fala sobre as múltiplas e diversas prisões em que vivemos. Prisões de classe, gênero, orientação sexual, prisões literais e emocionais. Dos fechamentos e aberturas que vêm com as dores e as derrotas. E de como sempre podemos nos reinventar mesmo em um contexto marcado pela tragédia.

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