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  • Seishun Zankoku Monogatari, 1960

    Nagisa Ōshima

    Japão

    Por que a escolha?

    Lançado na época da discussão sobre a renovação do tratado de segurança do Japão com os Estados Unidos e no contexto da “nouvelle vague japonesa”, Juventude Desenfreada, segundo filme de Nagisa Ōshima, está enraizado no desespero do pós-guerra e revela a infelicidade e a rebeldia de uma geração profundamente insatisfeita e tragicamente incompreendida. Os seus personagens, antipáticos, são particularmente hostis e vivem mergulhados em um cinismo esmagador, posicionados longe da lógica humanista das gerações anteriores.

    O filme mergulha na dinâmica intensa e destrutiva estabelecida por Makoto e Kiyoshi, explorando os limites mais sombrios desse relacionamento. Os personagens principais se dedicam a extorquir homens de meia-idade que Makoto seduz para que Kiyoshi possa assediá-los violentamente. Nesse contexto de violência e misoginia, o casal desafia os limites éticos próprios e os dos outros, adicionando múltiplas camadas de conflito à sua já tórrida relação. Nesse turbilhão, o filme expõe uma dura realidade: neste contexto, a violência contra as mulheres é constante e brutal.

    Em Juventude Desenfreada, Ōshima incorpora uma notável inovação estética, capturando cenas imprevisíveis e de forte impacto no espectador que se fundem com peças de jazz, conferindo à narrativa uma atmosfera dinâmica e desafiadora. Essa estética vibrante, usada para fins cinematográficos, também caracteriza a psicologia turbulenta e complexa de uma juventude a meio caminho entre a delinquência e a revolução sexual, enquadrando uma narrativa crua, provocativa e desinibida.

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