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  • Alfabeto poetico monumentale, 2019 – 2022

    Tomaso Binga

    Itália

    Por que a escolha?

    “O artista não é homem nem mulher, é uma pessoa”, diz Tomaso Binga, pseudônimo masculino adotado por Bianca Pucciarelli Menna como nome artístico em um gesto de denúncia dos privilégios do universo masculino na estrutura social e, particularmente, no mundo da arte. A discriminação em relação às mulheres, presente em inúmeros contextos sociais e culturais, é um dos temas fundamentais da sua obra, que é ao mesmo tempo plástica e poética.

    Tomaso (1931) centra a sua produção – que transita entre a escrita, a pintura, a poesia, a instalação, a performance e a fotografia – no corpo e na palavra. A arte, como escrita, e seu corpo, que, segundo ela, é o corpo da palavra. Isso fica claro em sua série Mural Alfabetiere, na qual seu corpo nu se torna um signo alfabético, desmontando o significado culturalmente pré-estabelecido das palavras e a leitura convencional e estereotipada do corpo feminino nu. Na mesma linha do Mural Alfabetiere, que surgiu no auge do feminismo na década de 1970 na Itália, ela desenvolveu, quarenta e três anos depois, o Alfabeto poetico monumentale. Em ambas as obras a artista assume a forma das letras do alfabeto com seu próprio corpo, mas, diferentemente da primeira série, em Alfabeto ela molda seu corpo como uma escultura em tamanho real.

    Independentemente da forma dessas obras, a ideia é a mesma: a emancipação do corpo e da identidade da mulher do sexismo contido nas convenções da linguagem. Essas obras, em que seu corpo é a própria escrita, libertam-no do que ela chama de a tirania do signo.

    Ficha técnica

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