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  • Ceylon, 1950

    Lionel Wendt

    Sri Lanka

    Por que a escolha?

    A família do fotógrafo Lionel Wendt (1900), de ascendência holandesa e cingalesa, faz parte do intrincado processo de colonização da ilha do Ceilão, atual Sri Lanka, iniciado em 1500. Tendo se dedicado à música como pianista, formou-se em advocacia na Inglaterra e em 1932 voltou ao Sri Lanka. Ali, já com sua câmera fotográfica, foi um dos fundadores da Ceylon Photographic Society, dedicando-se à fotografia e à vida cultural da cidade de Colombo. Após sua morte prematura em 1944, seus negativos foram destruídos, mas na década de 1990 cópias impressas de sua obra foram encontradas e revalorizadas.

    As fotografias que compõem o livro Ceylon retratam imagens maravilhosas do Ceilão nos anos que antecederam a independência do país: as paisagens, o patrimônio cultural, a população; fotos naturalistas de jovens realizando atividades cotidianas ou posando no estúdio em trajes tradicionais, às vezes usando técnicas fotográficas experimentais. Dentro deste corpus, destacam-se especialmente os seminus masculinos. Retratos de jovens posando em contato com a natureza, sensuais e sugestivos, mas nunca explícitos. A beleza natural da ilha foi o pano de fundo de suas explorações sobre a masculinidade e o homoerotismo, inovando na representação do corpo masculino em um momento arriscado, pois desde 1885, a homossexualidade no Sri Lanka é ilegal e punida com até dez anos de prisão.

    A obra de Lionel Wendt é reconhecida por sua beleza e sensibilidade, mas também se destaca pela exploração da identidade em uma época em que a expressão de sexualidades dissidentes era reprimida e marginalizada. Por meio de seu trabalho, ele expressou a beleza e a profundidade do Ceilão e de seus modelos, demonstrando uma conexão respeitosa com a natureza e o meio ambiente da ilha e um apreço especial por sua cultura.

    Ficha técnica

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