
© Yeguas del Apocalipsis
Lo que el Sida se llevó, 1989
Yeguas del Apocalipsis
Chile
Por que a escolha?
Por desafiar, com sua arte e seus corpos, a ditadura militar chilena. Pedro Lemebel e Francisco Casas resistiram aos ataques do regime de Pinochet e afirmaram suas identidades gays-trans-queers em um contexto de repressão, terror e silenciamento. Seus corpos em ação eram a prova irrefutável de que eles existiam e resistiam a um sistema que os queria escondidos.
Em 1987 fundaram o coletivo artístico Las yeguas del apocalipsis , que durante dez anos produziu intervenções, performances e fotografias que estabeleceram um fecundo debate sobre saúde sexual e violência política.
Em Lo que el Sida se llevó os artistas usaram roupas de amigas travestis e trans, vítimas do HIV-AIDS -um vírus que já começava a causar estragos em todo o mundo- para denunciar a marginalização das dissidências, a precarização de suas vidas e a crueldade da ditadura chilena com os pobres em geral e com os pobres gays em particular. Suas intervenções ainda hoje têm impacto, não só porque a discriminação e o assédio contra a comunidade LGBT+ continua a existir, mas também porque seu legado nos ajuda a imaginar outras formas de habitar o mundo.
Ficha técnica
