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  • Movimientos para una manifestación en solitario, 2020

    Cabello/Carceller

    Espanha

    Por que a escolha?

    A obra de Cabello/Carceller questiona as representações hegemônicas baseadas em construções e papéis de gênero estereotipados e na ideia de uma identidade imóvel e predeterminada que não é resultado da relação do indivíduo com os outros e com o meio ambiente. Cabello/Carceller (Helena Cabello, Paris, 1963 /Ana Carceller, Madri, 1964) é um coletivo espanhol formado em 1992 que, por meio de uma produção artística multidisciplinar, que inclui vídeo, som e fotografia, faz uma crítica às políticas de gênero e cria imagens alternativas aos protótipos dominantes de masculinidade e feminilidade. A quebra de identidades fixas, a inclusão da identidade queer e de espaços físicos que permitem e acolhem experiências de vida alternativas são centrais nesse trabalho.

    Um bar e uma piscina, representados em Alguna parte nº 28 e Alguna parte nº 13, assim como em Sin título (Utopía) nº 29 e Sin título (Utopía) nº 12 são alguns exemplos desses espaços vazios que transmitem a solidão vivida por aqueles que se afastam das convenções e da norma, apesar do estigma e dos ataques a que ficam expostos pela violência machista.

    Movimientos para una manifestación en solitario é uma obra na qual o coletivo Cabello/Carceller reflete sobre a solidão vivida por aqueles que escolhem modos de vida diferentes dos da maioria e sobre a necessidade de defender a liberdade de escolha para quebrar e expandir os limites do universo afetivo restrito que lhes é imposto. Nessa obra, uma mulher está sozinha em um espaço branco e vazio, movendo-se e segurando uma faixa que diz: “Lo que puede un cuerpo”, em referência ao filósofo Baruch Spinoza e sua teoria dos afetos. Nessa cena, o corpo tem poder e é consciente da sua capacidade de existir fora do binarismo de gênero e também da força que possui para fraturar a causa da sua marginalização social, diz Cabello/Carceller.

    Ficha técnica

    Sin título, Utopía nº 29, 1998

    Alguna parte nº 28, 2004

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