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  • Projection 2, 2022

    Louise Bonnet

    Suíça

    Por que a escolha?

    A estética do grotesco na obra de Louise Bonnet (1970) consegue emancipar o corpo dos cânones estabelecidos para dar lugar à expressão de impulsos, desejos, sentimentos e emoções. “Estou interessada no corpo. Em como nos sentimos ao ter um corpo ou em como tentamos esconder o que sentimos para contê-lo ou controlá-lo. “Em como ele traz vergonha e humilhação porque não podemos controlá-lo”, diz Bonnet, que aborda a vergonha, a raiva, a morte, a sexualidade e os papéis de gênero que o corpo é capaz de suportar. De sua obra – que inclui referências ao retrato renascentista, ao surrealismo, ao cinema de terror, aos comics underground e ao humor negro – emergem os instintos, as repressões, as dores, as angústias e os fluidos fisiológicos.

    Em Kneeling Sphinx 2 e Projection 2 os seios não são apenas grandes protuberâncias, mas deles emanam leite e luz, como se viessem de poderosos projetores. As aberturas também são uma parte importante de sua obra, como evidenciado na imagem da fenda genital em Pissing Gorgon. As protuberâncias e as aberturas de Bonnet possuem um conteúdo disruptivo: as protuberâncias quebram a moderação e aumentam, segundo a artista, a sensação de perda de controle. As aberturas, via de regra sempre cobertas, são reveladas em sua obra, expondo o lugar onde, para ela, ocorre a vergonha. Sem definir o gênero das pessoas – pois o que interessa a Bonnet é o amálgama de sentimentos e emoções –, sua obra representa o corpo, que longe de ser belo e idealizado, é um corpo não controlado que excede os limites do que não pode controlar. Sua obra desafia os cânones convencionais de beleza ao instaurar o feio, o absurdo, o cômico, o grotesco, o verdadeiro e o libertador.

    Ficha técnica

    Green Sphinx With Projections, 2021

    Figure holding an orange, 2023

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