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  • Prostitutas, 1970-1972

    Fernell Franco

    Colômbia

    Por que a escolha?

    Com a série Prostitutas, o icônico fotógrafo colombiano Fernell Franco faz a transição da fotografia publicitária para a arte e do registro fotográfico de uma vida de artifício para “a verdade da vida”, da qual ele próprio veio. Devido à violência política colombiana, a família de Franco (1942-2006) teve que se mudar e se estabeleceu em um bairro marginal de Cali, onde ele começou muito jovem sua vida profissional como fotógrafo, ofício que aprendeu de forma autodidata. Começando como mensageiro em um estúdio fotográfico e fotógrafo de rua, passou a trabalhar como repórter fotográfico e depois como fotógrafo de moda e publicidade. Suas séries fotográficas capturaram o seu interesse pelas populações marginais e pelos temas que envolvem a pobreza, a destruição urbana, o dia a dia das pessoas nas cidades e o peso da violência na vida cotidiana.

    A imagem do trabalho sexual faz parte de suas memórias de infância e as profissionais do sexo sempre fizeram parte de seu entorno. Assim, a série Prostitutas foi para ele um projeto de recuperação da memória, que o levou a aproximar-se dessas mulheres para encontrar nelas “a verdade da vida”. Essa foi a sua primeira exploração artística em contraste com o mundo da fabricação de modelos de mulheres que não existem, mas que a fotografia publicitária vende. “Procurei mulheres de carne e osso, com os problemas de um país como a Colômbia e com as marcas da vida que eu conheci desde criança”, disse.

    Nesta narrativa visual de Fernell Franco, as horas de trabalho e a vida das mulheres passam-se nos corredores lúgubres e nos quartos e banheiros de um bordel em Buenaventura, na Colômbia. Aqui estão as ruínas econômicas, sociais e humanas de uma realidade certa e recorrente que para ele só podia ser contada em preto e branco.

    Ficha técnica

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