
Foto: Museo Egipcio de El Cairo
Representações de Hatshepsup, 1490-1468 aC.
Antigo Egito
Por que a escolha?
Porque a imagem escultórica que representa a rainha Hatshepsup, adornada com barba postiça, toucado nemés ou saia shenti (todos eles atributos masculinos associados aos faraós) demonstra as exigências a que ela foi submetida para enfrentar os preconceitos de outros altos funcionários quanto à ideia de serem governados por uma mulher, e para poder legitimar suas tarefas políticas e militares. No Antigo Egito, esculturas, pinturas murais e arquitetura, todas elas obras comunitárias, produto da consciência coletiva, destinavam-se a materializar o culto funerário ou a acompanhar a construção do poder político.
Hatshepsup reinou no Egito por 22 anos, durante a 18ª Dinastia, por volta de 1490-1468 a.C. Ela foi uma das poucas mulheres a alcançar o grau de faraó e seu reinado foi um dos mais prósperos em termos econômicos, políticos e militares. Desde sua morte, Hatshepsut foi totalmente esquecida.
A mulher que ousara reivindicar seu direito legítimo ao trono e exercer a função de faraó foi apagada da história. E, em um destino semelhante ao de tantas mulheres, não há nenhuma referência ao seu reinado, e seu nome foi eliminado da lista de Reis.
Ficha técnica


