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  • Reunión feliz, 1970-1973

    Isabel Oliver

    Espanha

    Por que a escolha?

    “Toda a nossa cultura se baseia no massacre feminino”, diz Isabel Oliver, que iniciou a sua longa carreira de defesa das mulheres por meio da pintura na década de 1970, em um contexto em que os efeitos da ditadura de Franco se juntaram ao patriarcado. A obra de Oliver, representante importante – apesar de esquecida durante décadas – do pop espanhol, é uma voz contundente de denúncia da discriminação e das condições de desigualdade às quais as mulheres têm sido submetidas.

    Nascida em um ambiente franquista e patriarcal, desde criança considerava injusta a disparidade existente na educação e no trabalho na sua própria casa. Terminados os estudos de Belas Artes, ela foi recebida como assistente do coletivo de pintores espanhóis "Equipo Crónica" onde, paralelamente ao seu trabalho, começou a pintar a linha temática que definiria sua produção artística: o que significa ser mulher em uma sociedade com total domínio masculino. Foi aí que surgiu a sua primeira série intitulada La Mujer, na qual trabalhos como La Familia numerosa, Reunión feliz e Cosmética apresentam os estereótipos de beleza familiar, doméstica e feminina definidos pela sociedade espanhola e apontam a falta de consciência das mulheres em relação a si mesmas e ao contexto em que vivem.

    Mais tarde, na série Recintos privados, Oliver retrata o homem em seus espaços de gozo: no clube ou, em Su Casa, sentado confortavelmente em uma poltrona onde lê o jornal com o animal de estimação aos pés e a mulher ao lado, em cima da mesa, dentro de uma gaiola na qual ele a mantém reduzida. De profesión: sus labores mostra como as mulheres são limitadas e excluídas do mundo profissional, sendo treinadas apenas para realizar tarefas domésticas; Paseos por el museo confronta e busca libertar as mulheres da misoginia dos conteúdos de grandes obras de arte.

    E assim, dentro do amplo universo de imagens com as quais Oliver clama por uma posição mais igualitária para as mulheres, em sua série El Juego ela inclui o recurso metafórico e rompe as convenções das regras de jogos como o dominó e o baralho, para representar a necessidade de mudar o desequilíbrio que tem regido as regras do jogo da vida das mulheres.

    Ficha técnica

    La familia numerosa, 1970-1973

    La rebelión en el museo, 2021

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