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  • Untitled, 1995

    Kiki Smith

    Alemanha / Estados Unidos

    Por que a escolha?

    O corpo, especialmente o feminino, perpassa toda a obra de Kiki Smith (1954), na qual ela aborda, com uma diversidade de materiais e suportes, a vida, a morte, os tabus em torno do corpo e seus processos fisiológicos, como a menstruação, e a relação do feminino com a domesticidade.

    Entre as questões que a artista coloca estão aquelas que investigam os preconceitos e exclusões de determinados discursos ou histórias, em particular a omissão do corpo feminino e da história das mulheres em monumentos, memoriais e estátuas de espaços públicos. O cristianismo, porém, construiu uma infinidade de imagens femininas: Eva, virgens, ninfas, santas, bruxas, e é sobre estas últimas que Smith decide trabalhar para problematizar as conotações historicamente associadas ao corpo feminino. A sua série sobre mulheres prestes a serem queimadas em piras de madeira nas queimas de bruxas da Idade Média, a repetição no espaço, os gestos que a artista lhes imprime e a sua forma de captar o momento certo recuperam este momento crucial da história das mulheres.

    Colocar em evidência a continuidade de uma determinada maneira de enxergar as mulheres é o gesto justo e poético com que Kiki Smith ilumina não apenas o episódio sombrio da história humana cujo centro era o corpo feminino, mas especialmente o que ainda subsiste, apesar de usar outras roupagens.

    Ficha técnica

    Women on Pyres, 2002

    Train, 1993

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